Os detetives de fósseis


         Os cientistas que fazem o papel de detetives de fósseis são chamados "paleontólogos". Eles têm encontrado fósseis pelo mundo todo. Seu trabalho é difícil, por que os ossos fossilizados são encontrados espalhados em pedaços. Só muito raramente é que se encontra uma ossada totalmente preservada. Os paleontólogos costumam identificar os ossos e os reúnem em um quebra-cabeças. O resultado de seus trabalhos pode ser visto nos museus de história natural, onde os fósseis de dinossauros se encontram montados e podem ser vistos.
Ossos e dentes não são os únicos indícios que esses grandes gigantes do passado deixaram. Pegadas e impressão da pele escamosa feita na lama também foram encontradas.
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Alguns dos fósseis mais notáveis já encontrados são os excrementos dos dinossauros









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Ao conjunto de fenômenos físicos, químicos e biológicos que permitem a formação de fósseis dá-se o nome de fossilização.
Todo o cadáver abandonado sobre o solo torna-se presa de uma multidão de agentes de putrefação, principalmente bactérias, que rapidamente destroem todas as partes moles. Depois, pela ação das intempéries, desaparece o esqueleto e do cadáver não resta nada. Portanto, para ocorrer fossilização é necessário verificarem-se condições específicas, umas inerentes ao meio, outras inerentes ao próprio ser vivo.
No meio, é necessário que, após a morte do ser vivo sobre ele se forme um depósito que o isole do ambiente, impedindo a sua destruição. É por esta razão que existe grande número de fósseis marinhos e lacustres, enquanto escasseiam os fósseis terrestres.
A qualidade do depósito que recobre o ser também é condicionante da fossilização. Quanto mais fino e impermeável for o sedimento, mais fácil será a fossilização. Um depósito grosseiro e permeável dificulta a fossilização.
As temperaturas médias e a humidade, na medida em que facilitam as atividades microbianas, dificultam a fossilização. Pelo contrário, temperaturas baixas e clima seco facilitam-na, na medida em que impedem ou retardam as ações microbianas.
Relativamente às características do ser vivo, a fossilização é tanto mais fácil quanto mais rico for o ser vivo em substâncias minerais. Estas podem-se resumir a cerca de uma dezena, das quais as mais frequentes são o carbonato de cálcio (CaCO2), a sílica (SiO2) e o fosfato de cálcio (Ca5OH(PO4)3).
Os ossos, dentes, conchas, etc., fornecem os melhores fósseis. Unhas, pêlos, penas, chifres, etc., constituídos por ceratina, raramente se conservam. As partes moles só em casos excepcionais deixam impressões reconhecíveis. Quando tal acontece, o fóssil é do mais alto interesse, pois fornece informações mais precisas sobre a constituição do ser.
Segundo a natureza do cadáver, do sedimento onde se conserva das águas de infiltração que o atravessam, a fossilização realiza-se por vários processos. Estes processos são a conservação, a mineralização, a incrustação, a moldagem, a incarbonização e a impressão.