O que é âmbar???

        O âmbar é a resina fossilize de árvores (semelhantes a um abeto ou abeto vermelho) que existiram há milhões de anos. O âmbar é um belo e translúcido material marrom amarelo sólido. Foi usado como jóias durante milhares de anos. Como jóias muitas vezes era energicamente polido com um tecido suave. Os Gregos Antigos descobriram uma propriedade estranha e fundamental do âmbar: quando é esfregado com um tecido, ele pode atrair pequenos pedaços próximos de palha ou grão. Da palavra latina para âmbar, electrum, originou-se a palavra eletricidade.

          Para muitos o âmbar é considerado como pedra semipreciosa embora não seja um mineral. É uma resina fossilizada que em uma época muito remota escorria pelos troncos de algumas espécies de vegetais, com a função de proteção à ação de microorganismos e mesmo de insetos. Atualmente somente dois tipos de árvores podem produzir resina estável que, com o tempo, se fossilizaria em âmbar. Cada âmbar reflete bem o tipo de resina que originalmente exudava nos diversos vegetais e de acordo com sua proveniência estas resinas são quimicamente diversificadas. Diferentes terpenos em diferentes concentrações são os principais componentes químicos e certamente a preservação dos organismos nos âmbares está estreitamente ligada a tais terpenos. A questão do tamanho é algo que tem-se que considerar nas inclusões em âmbar, já que animais com mais que dois centímetros, tais como pererecas, escorpiões, aranhas e grandes insetos, são geralmente fortes o bastante para saírem de dentro da resina antes que esta endureça. O âmbar é de grande importância no reconhecimento dos fósseis de animais terrestres, principalmente pequenos insetos que normalmente não são bem preservados em rochas sedimentares. Em conjunto com as rochas sedimentares que preservam bem os insetos de grande porte tais como libélulas (Odonatoptera) e gafanhotos (Orthoptera), mas que não são observados com freqüência em âmbar, podemos reconstruir as florestas do passado.

Âmbar Tem um poema meu Inscrito em suas mãos Incrustado em seus olhos Feito âmbar Feito lagrima. Revés de meu sentimento Fluido que é esse amor Que me caminha os leitos Sedas, Alvas branduras Sonhos . sedes onde cedes, um sem tempo de acordar.
 

Os experimentos de Pasteur

Somente por volta de 1860, com os experimentos realizados por Louis Pasteur (1822 – 1895), conseguiu-se comprovar definitivamente que os microorganismos surgem a partir de outros preexistentes.

Os experimentos de Pasteur estão descritos e esquematizados na figura abaixo:
A ausência de microrganismos nos frascos do tipo “pescoço de cisne” mantidos intactos e a presença deles nos frascos cujo “pescoço” havia sido quebrado mostram que o ar contém microorganismos e que estes, ao entrarem em contato com o líquido nutritivo e estéril do balão, desenvolvem-se. No balão intacto, esses microorganismos não conseguem chegar até o líquido nutritivo e estéril, pois ficam retidos no “filtro” formado pelas gotículas de água surgidas no pescoço do balão durante o resfriamento. Já nos frascos em que o pescoço é quebrado, esse “filtro” deixa de existir, e os micróbios presentes no ar podem entrar em contato com o líquido nutritivo, onde encontram condições adequadas para seu desenvolvimento e proliferam.

Os experimentos de Redi








Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697) investigou a suposta origem de vermes em corpos em decomposição. Ele observou que moscas são atraídas pelos corpos em decomposição e neles colocam seus ovos. Desse ovos surgem as larvas, que se transformam em moscas adultas. Como as larvas são vermiformes, os “vermes” que ocorrem nos cadáveres em decomposição nada mais seriam que larvas de moscas. Redi concluiu, então, que essas larvas não surgem espontaneamente a partir da decomposição de cadáveres, mas são resultantes da eclosão dos ovos postos por moscas atraídas pelo corpo em decomposição.
Para testar a sua hipótese, Redi realizou o seguinte experimento: colocou pedaços de carne crua dentro de frascos, deixando alguns cobertos com gase e outros completamente abertos. De acordo com a hipótese da abiogênese, deveriam surgir vermes ou mesmo mosca nascidos da decomposição da própria carne. Isso, entretanto, não aconteceu. Nos frascos mantidos abertos verificaram-se ovos, larvas e moscas sobre a carne, mas nos frascos cobertos gaze nenhuma dessas formas foi encontrada sobre a carne. Esse experimento confirmou a hipótese de Redi e comprovou que não havia geração espontânea de vermes a partir de corpos em decomposição.
Os experimentos de Redi conseguiram reforçar a hipótese da biogênese até a descoberta dos seres microscópicos, quando uma parte dos cientistas passou novamente a considerar a hipótese da abiogênese para explicar a origem desses seres.


Segundo esses cientistas, os microorganismos surgem espontaneamente em todos os lugares, independentemente da presença de outro ser vivo. Já outro grupo de pesquisadores não aceitava essas explicações. Para eles os microorganismos somente surgiam a apartir de “sementes” presentes no ar, na água ou no solo. Essas “sementes”, ao encontrarem locais adequados, proliferavam (interpretação coerente com a hipótese da biogênese).

A origem da vida

Esta é uma pergunta que tem gerado diferentes respostas em diferentes épocas. A teoria da Abiogênese ou Geração Espontânea dizia que um ser vivo vinha de uma matéria bruta após ser influenciado por uma ação chamada princípio ativo. Qualquer coisa poderia ser o princípio ativo, como a água, a lama, a palha a madeira.
Van Helmont divulgou uma receita para criar camundongos aonde deveria ser colocada uma camisa suada em contato com gérmen de trigo, abandonada em um lugar escuro, após 21 dias, produziria ratos. Neste caso o princípio ativo seria o suor humano.

Francesco Redi

Foi o primeiro a contestar a abiogênese a partir de resultados de experiências

1° Experiência

Ele colocou enguias mortas em uma caixa aberta e após certo tempo vermes surgiram e devoraram a carcaça do animal. Quando estava apenas o esqueleto, os animais abandonaram a a caixa sem que Redi pudesse conhecer seu destino.

2° Experiência

Redi repetiu a experiência anterior, colocando as três enguias na caixa e dias depois estavam ceias de vermes, e para descobrir o destino dos vermes ele tampou a caixa e observou que alguns dias depois se ficaram imóveis e ovais e depois esses "ovos" eclodiram em moscas

3° Experiência

Ele repetiu a experiência só que desta vez com vários pedços de carnes e as colocou em 8 frascos de vidros. Quatro deles ficaram abertos e quatro ficaram fechados. Depois de alguns dias os frascos abertos estavam cheios de vermes e os que estavam fechados não possuiam vermes.

4° Experiência

Para evitar uma contestação de que os frascos fechados haviam quebrado o "pricípio ativo" quando obstruíram a entrada do ar, Redi repetiu a experiência cobrindo os frascos com uma gaze fina que que permitia a circulação do ar e impedia a penetração de moscas. Não surgiram vermes e ele confirmou a origem dos insetos e criou a concepção da Biogênese
Após alguns anos a teoria da Geração espontânea não havia sido esquecida. O naturalista Anton van Leeuwenhoek ao observar em um microscópio rudimentar a existência de microorganismos e como não havia explicação para o fato ficou reaberta a polêmica entre Biogênese e Abiogênese.
No século seguinte, em 1745, John Needhan revigorou a teoria da Abiogênese. Ele aqueceu um caldo nutritivo de frango, fechou-o e aqueceu eles novamente. Após alguns dias ele observou no microscópio que o clado estava repleto de microorganismos. Repetiu a experiência com outros meios de cultura e obteve o mesmo resultado. Isso foi o suficiente para defender a teoria da Geração Espontânea.
Vinte e cinco anos depois o padre Lazzaro Spallanzani repetiu as experiências de John Needhan só que desta fez fechou com mais cuidados os frascos e aqueceu aamostra por 1 hora. Nenhum microorganismo surgiu em mesês. Ele argumentou que John Needhan não havia aquecido o suficiente para matar os microorganismos. Needhan contra-argumentou dizendo que os frascos hermeticamente fechados e o aquecimento excessivo haviam quebrado o pricípio ativo. A teoria da Abiogênese se manteve até a segunda metade do século XIX
Entre os anos de 1860 e 1864, o cientista francês Louis Pasteur adaptou a experiência de Spallanzani. Colocou caldo de carbe em um balão de vidro com um longo gargalko, submetendo-o a um aquecimento prolongado seguido de um lento resfriamento (pasteurização). O caldo ficou completamente esterelizado. A seguir retorceu os gargalo do blão de vidro e deixou com forma de "s" criando o balão "pescoço de cisne". Pasteur não tampou o frasco permitindo o contato com o ar (derrubando o argumento de Needhan) .No entanto o líquido permaneceu estéril por meses. As curvas do pescoço do frasco funcionaram como um tipo de "filtro", impedindo a penetração de microorganismos que pudessem contaminar o caldo. Ele apresentou a experiência a Academia de Ciência e derrubou a Abiogênese e a Biogênese triunfou.
Com a consolidação da Teoria da Biogênese surgiram muitas perguntas sem respostas aparentes. Se todo ser vivo nasce de um pré-existente, quando e como surgiu a primeira forma de vida?
Para responder a esta e outras perguntas foram criadas outras teorias:
Panspermia Cósmica ou Panspermismo - Esta teoria explica que a vida sempre existiu no Universo. Teria se originado em outros planetas e chagado a Terra atraves de uma possível pressão de radiação emitida por partículas luminosas. Arrhenius denominou esta forma de vida de cosmozoários e Schultz de biógenos. Estas criaturas poderiam contaminar a superfície de qualquer planeta com condições básicas para a vida. Esta toria tem pouca aceitação.
A Hipótese Autotrófica - Os primeiros seres vivos seriam autotróficos (capazes de produzir seu próprio alimento). Os vegetais clorofilados e algumas bactérias podem produzir seu próprio alimento, mas para isso acontecer precisa ser um ser vivo complexo. E como dos mais simples originaram os mais complexos, os primeiros não poderiam ser autotróficos. Esta é uma teoria que não é aceita.
A Hipótese Heterotrófica - Esta é a teoria mais aceita e de acordo com esta teoria o primeiro ser vivo surgiu a partir da matéria bruta. E esta foi exposta a diversos fatores e condições, organizou-se de modo a fomar um ser bastante simples, incapaz de produzir seu próprio alimento, mas poderia retira-lo do meio ambiente.
A Quimiossíntese como origem da vida - Segundo o cientista Aleksandr I. Oparin em sua obra A Origem da Vida, os compostos, como aminoácidos, ácidos nucleicos, lipídios e carboidratos, teriam originado a partir de elementos da atmosfera, como o vapor d´água, hidrogênio, metano e amônia. A energia necessária para a síntese de tais substâncias seria fornecida pela raidação ultravioleta, por constantes descargas elétricas na atmosfera e pela elevada temperatura do Planeta. Para Oparin algumas substâncias de aspecto protéico presentes no oceano primitivo teriam formados agregados que tenderiam a desenvolver uma membrana. Denominados Coaservados futuramente iriam se aperfeiçoar e formar seres mais complexos e as primeiras formas de vida.
Stanley Miller interessou-se profundamente e desenvolveu um experimento onde construiu um aparelho que reproduziria as condições existentes na Terra Primitiva. O aparelho consistia em um balão de vidro em que Miller colocou os gases de Amônia, metano, vapor d´água e hidrogênio (como na atmosfera da terra primitiva). Submeteu os gases ao aquecimento elevado e a constantes descargas elétricas. O vapor d´água e o calor eram fornecidos através de um outro balão ligado ao aparelho contendo água em ebulição. Quando o vapor d´água circulava no aparelho, acabava condensando-se e precipitava-se novamente, simulando as chuvas. Uma semana após a circulação contínua dos gases no sistema, Miller coletou o produto que se acumulou em um reservatório e analisou-o resultando na presença de 1 carboidrato e 11 aminoácidos, sendo 4 deles abundantes nas proteínas encontradas nos seres vivos.
Quatro anos após a experiência Sidney W. Fox baseiu-se nos resultados de Miller e fez uma nova experiência, onde ele submeteu a um aquecimento proongado uma mistura seca de aminiácidos e, após um lento resfriamento, constatou que haviam se formado moléculas mais complexas, resultantes da união de vários aminoácidos. Os compostos formados tinham muitas características das proteínas encontradas nos seres vivos, podendo até serem decompostas por enzimas proteolíticas.
Os resultados de Miller e Fox serviram para refoçar o raciocínio de Oparin. A primeira forma de vida deveria ser unicelular, heterptrófica e sem ancestral vivo. Essas são algumas explições que procuram esclarecer a origem da vida, mas são teorias que podem ser reformuladas ou substituídas. No entanto, apesar de serem apenas teorias, é o que temos de mais significativo para tentar elucidar o mistério da origem da vida.

A Nova Panspermia

Fred Hoyle foi um dos maiores defensores da Panspermia. Juntamente com Chandra Wickramasinghe, formulou a "Nova Panspermia", teoria segundo a qual vida se encontra espalhada por todo o universo. "Esporos de vida" fazem parte das nuvens interestelares e chegam a planetas próximos às estrelas, abrigados no núcleo de cometas. Esses "esporos" já conteriam códigos que regeriam seus desenvolvimentos futuros.
Uma teoria para ser científica, deve, pelo menos em princípio, poder ser verificada na prática.
Hoyle e Wickramasinghe, e agora apenas Wickramasinghe, têm procurado identificar os componentes presentes na poeira interestelar, através de "traços" que esses componentes possam ter deixado na radiação infravermelha emitida por essa poeira ou na absorção da luz visível que atravessa essas nuvens.
Através dessas análises, na década de 70, constataram a presença de "polímeros" complexos, especialmente moléculas de "poliformaldeídos" no espaço. (Essas moléculas estão fortemente relacionadas à celulose.) Hoyle e Wickramasinghe se convenceram que polímeros orgânicos representam uma fração significativa da poeira interestelar.
E seriam os cometas os semeadores desses esporos de vida através do universo?
A análise de meteoritos procurando a identificação de "vida fossilizada", tal como foi amplamente divulgada na década passada através dos estudos realizados sobre o meteorito de nome EETA79001 (de origem provável de Marte), está ainda longe de nos dar resultados conclusivos.
Mas essa questão pode estar próxima de ser definitavamente respondida. A "Agência Espacial Norte Americana" (NASA), através do programa "Stardust", pretende, ainda na década atual, colher e analisar amostras de núcleos cometários. Será a constatação "in loco" da existência ou não de vida nos cometas.
A primeira possível identificação de vida microscópica extraterrestre, entretanto, foi divulgada em julho passado. Falando em um congresso de especialistas em San Diego (EUA), Wickramasinghe apresentou resultados da análise de amostras de ar da estratosfera, colhidas por balões da "Organização de Pesquisas Espaciais Indiana" (ISRO).
Segundo Wickramasinghe, foram encontradas evidências muito fortes da presença de vida microscópica à altura de 41 km do solo; bem acima do limite máximo (16 km) onde é admitido o alcance natural de ar e outros materiais das camadas mais baixas da atmosfera.
Esses resultados atendem à Nova Panspermia. Vida na Terra não apenas teria chegado "a bordo" de cometas e material cometário, há bilhões de anos atrás, mas continua ainda hoje nos alcançando em grande quantidade.
O ESPERIMENTO DE STANLEY MILLER.

Nas últimas décadas cresceram mais as dúvidas, que o nosso entendimento relativos à teoria da Geração Espontânea. Essa teoria continua sendo a mais aceita, menos por "evidências" a seu favor e mais pela nossa dificuldade no entendimento de certas questões básicas relativas à Panspermia (Como a vida poderia sobreviver à radiação emitida pelas estrelas e presente por toda Galáxia?; Como a vida poderia ter "viajado" até nosso planeta?; etc.)
No século passado a idéia "panspermica" resurgiu com força. Algumas teorias espetaculosas, tal como a "Panspermia Dirigida" de Francas Circo e Lesei Orle, foram muito discutidas, principalmente por seu forte apelo entre os amantes da ficção científica. Segundo esses autores, seres inteligentes pertencentes a outros sistemas planetários, teriam colonizado a Terra e provávelmente outros planetas. O grande argumento a favor dessa teoria estaria no fato do molibdênio, elemento raro no nosso planeta, ser essencial para o funcionamento de muitos enzimas chave do metabolismo dos seres vivos.